Primeira Parte
Paulo Henrique de Oliveira Silva
O que conhecemos como videogame, ou telejogo como foi conhecido na sua chegada ao Brasil, nasceu no fim da década de 60, dizem que o primeiro jogo eletrônico foi desenvolvido por militares, pois as únicas pessoas com equipamento e tecnologia de ponta nessa época eram os Militares. Eles usaram o hardware de um osciloscópio e isso gerou através de controladores de potencia, o primeiro jogo eletrônico. Pensem, era um risco branco em tela com fundo preto, ou verde e que simulava um jogo de ping pong/tenis, adivinhem o nome da invenção? Tenis for Two.
Os videogames domésticos e os comerciais vão se popularizar na década de 1970, aos domésticos ficaria o nome de Videogames, Video enterteinement system, Video Computer Sytem e outros nomes, mas o que pegou mesmo foi videogame.
A ideia era usar um console eletrônico aclopado a uma televisão para proporcionar diversão eletrônica em casa. Já os videogames comerciais ficariam conhecidos como Arcades, pois nada mais eram do que grandes caixas seladas onde se inseria uma moeda ou ficha e poderia jogar por um tempo ou até que se perdesse todas as vidas ou tentativas, é nessa época que a palavra Game Over vai ser a tristeza de muitos jogadores, e será por décadas sinônimo de tristeza e derrota.
O videogame nasce então com a proposta de entreter a família, propiciar diversão aos lares americanos, japoneses etc. O propósito desse artigo é realmente debater se a violência que está presentes nos games causa comportamentos agressivos, influencia atentados contra a vida, deixa as crianças alienadas e confusas sobre o que é realidade e o que é virtual, muito se fala sobre o tema, mas sempre que leio uma matéria sobre games e violência, vejo uma imprensa tendenciosa e opiniões já formadas, não uma discussão sobre como melhorar a vida dos jogadores e sua integração com a sociedade e com os games. A tentativa aqui é discutir ideias, expandir opiniões, ser realmente produtivo e interessante abordar esse tema, que é polêmico mas não há propostas de melhoria, o que se lê é “51 jogos proibidos na Noruega” , será que a saída é proibir? É informar? É educar?
Jogo videogame desde criancinha, tive o Atari 2600, um Phantom System da Gradiente (que na verdade era um clone do NES 8 bits), ainda preservo meu SEGA Mega Drive (tenho o Americano e o Japonês , tive também um Super Nintendo, depois o Playstation One, Dreamcast, Playstation 2 e agora estou com o Playstation 3. E lá se vão mais de 20 anos jogando videogame.
Lembro do primeiro game que eu joguei, era o famoso Missile Comand, um jogo em que o objetivo era defender o planeta terra contra a invasão de aliens com Misseis (violento?), depois pude ter o prazer de jogar clássicos como River Raid, Enduro, Pac Man e outros. Note que se você pesquisar pelos principais títulos do Atari, vai ver quilos de jogos com caráter militar, ou seja usar armas para se defender ou defender o planeta. só que o que era uma arma no Atari 2600? um risco, ou uma combinação de risco que indicavam ali ser uma arma, que disparava riscos ou quadradinhos e faziam um som de 1bit, mais parecido com um risco no disco.
Quando ganhei o Phantom System de meus primos de Goias, fiquei muito feliz, na época 1991, estava nascendo o “Almost Famous” Super Nintendo, como meu tio havia ido aos USA e trouxe um SNES para meus primos nós herdamos o Phantom System deles, esse console nada mais era do que um clone do NES 8 bits da Nintendo, usavam os cartuchos grandalhões do NES, os cartuchões da Gradiente ou uns Cartuchos pequenhos que geralmente requeriam um adaptador, esses cartuchos eram do tipo 300 jogos em 1, eu tive um que continha 1200 jogos, mas o que se descobria quando se ligava o console era que os jogos eram uns 150 no máximo, e se tinha variações de dificuldade e de fases.
O Phantom System vinha com uma Pistola (arma?) para jogar games muito divertidos como Duck hunt.
Nesse cartucho eu ainda tinha algumas opções como o Hoggans Alley, em que o jogador tinha de acertar painéis em que apareciam bandidos e civis, o objetivo era acertar os bandidos sem “matar” inocentes. O jogo parecia os simuladores de treinamento policial.
Já o Wild Gunman era o meu favorito, duelos no estilo velho oeste com o lance de sacar a arma o mais rápido que o seu adversário e aniquilá-lo com um tiro certeiro.
Apesar de eu estar jogando em 1991, os jogos datavam de 1984, 1985. Teoricamente eu estava empunhando uma arma, e pensem em 1991 eu tinha apenas 6 anos. Só pela analogia de alguns radicalistas era pra eu ser o cara mais violento do planeta, hoje era pra estar desenvolvendo armas de destruição em massa e aniquilando todos os meus “inimigos”.
Depois do Phantom system tive o grande, digo ainda tenho o grande console SEGA Mega Drive, e jogava jogos como Road Rash, em que o objetivo era disputar rachas, correr da policia, e usar armas como correntes e porretes para derrubar os adversários das motos. Era muito divertido correr ao som de um bom rock e esbofetear a policia e os inimigos.
Segundo o código de transito brasileiro eu estaria cometendo os seguintes delitos:
Art.174 - Promover, na via, competição esportiva, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa (5 vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo;
Medida Administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
Parágrafo único. As penalidades são aplicaveis aos promotores e aos condutores participantes.
Fim da Primeira Parte
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